ARTESANIAS DO COMUM é um projeto extensionista criado em 2014, que esteve vinculado ao Programa Laboratório Nômade do Comum (IND-LAB), e desde 2017 integra o Programa NATUREZA POLÍTICA (EA/UFMG), coordenado pela professora Marcela Brandão (EA-PRJ).

POR QUE?

Parte-se do entendimento que, apesar das forças hegemônicas de produção que funcionam por meio da lógica da acumulação e da competição, há uma invenção potente engendrada taticamente por quem produz cotidianamente seu território, identificável tanto na escala do corpo, quanto da moradia e/ou da cidade –  são as Artesanias  do Comum. Acredita-se na importância do seu mapeamento e na identificação de seus pressupostos, tendo como horizonte a elaboração de projeto e/ou a construção de novas intervenções arquitetônicas e urbanas a partir delas. Aposta-se, assim, no fortalecimento de uma rede de produção e troca baseada na solidariedade e no compartilhamento de saberes científicos e cotidianos, atravessados simultaneamente por questões e decisões políticas e poéticas.

POR QUEM?

O projeto é composto por discentes e docentes, que junto aos moradores de territórios vulneráveis conformam múltiplas frentes de ação, visando o fortalecimento de uma rede de trocas solidária e colaborativa.

COM QUEM?

Por meio de parcerias firmadas, o projeto age junto às comunidades socialmente vulneráveis, dando ênfase àquelas associadas à movimentos sociais organizados, que atuam nas lutas urbanas da cidade. Entre os parceiros do projeto estão: o Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB); Casa Tina Martins; Casa de Gentil de Raposos; Ocupação Pátria Livre; Ocupação Carolina Maria de Jesus; Ocupação Esperança; e Associação Jardim Felicidade. No que se refere à empresas privadas, o departamento socioambiental da VINA é um importante parceiro do projeto.

COM O QUE?

As metodologias utilizadas são:

-Uma interlocução direta (reuniões, rodas de conversa, etc) com os moradores de territórios de conflito socioambiental.

-Desenvolvimento de cartografias para o mapeamento dos atores humanos e não-humanos envolvidos na produção dos inventos do cotidiano e das relações sociais e econômicas em ação no território.

-Realização de oficinas/workshops de formação e de trocas de saberes tendo como pressupostos: processo de decisão e projetação horizontal compartilhado, tecnologia social economia solidária, e produção do comum.

-Produção de material gráfico divulgado nas redes sociais e eventos, em linguagens acessíveis, visando uma divulgação ampla do material produzido (copy left) e a autonomia de produção dos futuros interessados na informação compartilhada.