CARTOGRAFIAS EMERGENTES é um projeto extensionista criado em 2013 que foi vinculado ao Programa Laboratório Nômade do Comum (IND-LAB) e hoje integra o Programa NATUREZA POLÍTICA (EA/UFMG), coordenado pela professora Natacha Rena (EA-ACR).

POR QUE?

O projeto tem como objetivo ampliar a participação da academia nas Lutas Territoriais em diversas escalas, e, para tal,  procura criar dispositivos cartográficos visando ações ético-políticas que possam auxiliar nas lutas por direitos sociais. Vale ressaltar que desde 2017, este projeto se concentra na Frente de Ação Cartografias do Rio Doce. Esta FA visa compreender as estratégias de controle territorial frente ao desastre na bacia do Rio Doce e ainda, dar a ver discursos e movimentos invisibilizados, constituindo-se em uma atuação contra-hegemônica.

POR QUEM?

O projeto é composto por discentes e docentes, que junto a cidadãos, atingidos pelo desastre-crime no Rio Doce, ativistas e militantes dos movimentos populares, visam a criação de redes ativas por mais justiça social. 

COM QUEM?

Além dos trabalhos realizados junto a movimentos populares e moradores de territórios vulneráveis, atualmente o grupo desenvolve parcerias com diversas ONGs, grupos e instituições de pesquisa, como o Projeto Brumadinho UFMG e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

COM O QUE?

As metodologias utilizadas são:

-Uma interlocução direta com as comunidades atingidas pelo desastre-crime do Rio Doce e o desvendamento das estratégias empresariais que tem aprofundado tal situação.

-Utilização do método cartográfico na configuração de processos constituintes onde se possa vislumbrar maneiras de mapear, de registrar e de criar novas realidades, de forma colaborativa.

-Reuniões entre pesquisadores (professores e alunos de graduação e pós-graduação envolvidos no projeto, assim como com os atingidos e parceiros) onde são produzidas ações como artigos, dissertações e teses, plataformas digitais, oficinas em campo com atingidos e comunidades ao longo da Bacia do Rio Doce, mapas georreferenciados, cartilhas, aulões, seminários e exposições que compõem um método dinâmico que não separa sujeito e objeto da pesquisa já que os pesquisadores são também envolvidos nas causas dos movimentos populares parceiros.