OCUPAÇÕES URBANAS EM BELO HORIZONTE
No primeiro bimestre de 2018/1, a disciplina se articula com algumas das ocupações urbanas de BH. Foram elas: Vicentão, Carolina de Jesus e Casa Tina Martins.
Importante ressaltar que em setembro de 2017 foram realizadas 2 ocupações por moradia em edifícios vazios localizados na região central de BH, Carolina de Jesus e Pátria Livre, e em janeiro uma terceira, a Ocupação Vicentão. Vale ressaltar que os edifícios ocupados estavam há muitos anos desocupados, alguns com dívidas junto ao poder público, sem cumprir a função social da propriedade.
A Casa de Referência Tina Martins já havia sido parceira do PFLEX Arquitetura desobediente em 2016/2, e agora, outras demandas desencadearam uma nova aproximação.
Todos os grupos de alunos do PFLEX deram início ao processo projetual a partir de dinâmicas interativas, com uso de maquetes e jogos, a fim de entender melhor as demandas, mapear os recursos materiais e humanos disponíveis, para , então, acordar as diretrizes espaciais para as intervenções pretendidas.
Ocupação Carolina Maria de Jesus – Avenida Afonso Pena
O dinheiro para a execução de parte do que foi projetado foi arrecadado pelos próprios alunos com a venda de bolos e doces na Escola de Arquitetura. Um manual simples de montagem dos objetos também foi disponibilizado.
Jogos e dinâmicas utilizadas com as crianças da Ocupação e espaço da biblioteca.
Casa Tina Martins
Na Casa Tina Martins, os alunos fizeram dinâmicas e jogos com as participantes da Casa, a fim de identificar qual espaço a ser trabalhado, principais demandas e possibilidades de soluções. A área externa onde aconteciam as feiras e eventos foi a escolhida, em função da grande insolação que dificultava a exposição das mercadorias. Uma grande cobertura foi executada, utilizando um rolo de tela de proteção de obras, que foi instalada nos muros e fachada da Casa, por meio de ganchos e tirantes.
Ocupação Vicentão (fachada)
Diante da pouca permeabilidade entre a Rua e a entrada da Ocupação, provocada por tapumes instalados na parte interna da grade do edifício ocupado anteriormente, um grupo de alunos encarou o desafio de melhorar a interação entre esses dois espaços, sem, entretanto, fragilizar o que os moradores anunciavam como proteção e segurança. Ao final das conversas e dinâmicas realizadas, o tapume foi invertido, ou seja, instalado na parte externa da grade, e grafitado por artistas parceiros, Zi, Élder, Richard e Alexandre. Para viabilizar a pintura, os alunos promoveram a venda de rifas para arrecadação de um total de 300 reais.
O resultado final foi um grande painel colorido e afetivo, que anunciava para quem passasse na rua que ali era a Vicentão.
Ocupação Vicentão (escada)
Através de conversas e discussões com os moradores, os alunos deste grupo identificaram que a escada funcionava como uma importante “rua” da Vicentão, já que os elevadores do edifício estavam desligados. Ali, além da circulação dos moradores e objetos, havia troca de informações sobre reuniões e demais eventos da ocupação. Dessa maneira, o grupo adaptou um carrinho obtido por doação, a fim de facilitar o transporte de objetos pesados. Além disso, foram instalados um sistema de lanternas com dínamo para melhorar a iluminação e um quadro de avisos para facilitar a comunicação entre os moradores.
Para cobrir os custos das ações, foram vendidos bolos e doces na Escola de Arquitetura pelos próprios alunos.
alunos
Grupo Ocupação Carolina
Eduarda Monti Silva
Gabriela Megegiatti Zanotti
Joyce Lemos
Matheus Guimarães
Grupo Tina Martins
Beatriz Bartholo
Letícia
Leonardo
Grupo Vicentão (fachada)
Anna Carolina Navarro
Lucas Maia
Luciano Silva
Grupo Vicentão (escada)
Beatriz Werneck
Lucas Oliveira
Sabrina Oliveira