Pflex Arquitetura Desobediente

TERRITÓRIOS POPULARES

Em 2018, o grupo de pesquisa Indisciplinar é convidado a participar de uma rede nacional de pesquisa, cujo tema era a produção do espaço de territórios populares submetidos processos de reestruturação espaciais associados os interesses do capital, identificáveis tanto na promoção da segregação espacial da população pobre que mora e/ou trabalha ali,  quanto por meio dos movimentos de resistência.

O Indisciplinar decide investigar e mapear a região central de Belo Horizonte, a partir de territórios parceiros do grupo, tais como: Ocupação Carolina de Jesus, Ocupação Pátria Livre, Asmare (Associação de materiais reciclados) e Trabalhadoras do sexo da Rua Guaicurus. Cartografia das engendrados por essa população.

Em 2019, apostando no tripé ensino-pesquisa-extensão, O PFLEX Arquitetura Desobediente participa desta investigação, contribuindo na produção de “devolutivas” aos moradores/participantes dos territórios parceiros. Deste modo, foram montados 4 grupos de trabalho, cada qual responsável por um dos territórios. Como em outras versões do PFLEX, todo o processo foi iniciado por meio de conversas e dinâmicas interativas com os participantes. As demandas foram mapeadas, bem como os recursos disponíveis, para, então, serem acordadas as propostas arquitetônicas.

desenvolvimento

O grupo que trabalhou junto a ASMARE desenvolveu um projeto de reforma para a sede da Rua Ituiutaba, que, na ocasião, tinha sido notificado pelo poder público em função de riscos sanitários.

Quanto às trabalhadoras do sexo da Rua Guaicurus, o grupo responsável desenvolveu propostas de reforma para a ASPROMIG, cuja sede estava com sérios problemas de infiltrações e com um lay-out que dificultava o funcionamento das várias atividades realizadas ali. Além do projeto, o grupo executou um biombo e participou de um mutirão para pintura do espaço junto às coordenadoras da associação.

Para a Ocupação Carolina de Jesus, que já tinha sido parceira do Arquitetura Desobediente em 2018/1 e 2018/2,  foi desenvolvido um projeto arquitetônico com a participação dos jovens da ocupação, que demandam na ocasião um lugar para seus encontros, ensaios de dança, filmes, etc. O local definido pela coordenação da Carolina de Jesus foi a antiga boate do edifício (o edifício tinha sido um hotel até a década de 1990).

Por fim, no caso da Pátria Livre, a demanda por divisórias entre as unidades habitacionais da ocupação levou o grupo de alunos a desenvolver protótipos e, ao identificar a falta de equipamentos de prevenção e combate a incêndio, a pesquisar e providenciar soluções para esse problema. Depois do término da disciplina, extintores foram comprados para todos os andares do edifício ocupado.

 

Processos de aproximação do território com dinâmicas e jogos.

Propostas dos alunos.