Pflex Arquitetura Desobediente
ASBAFE
O PFLEX Arquitetura Desobediente (PFlex – PRJ081: Arquitetura Desobediente) foi criado em 2016, a partir do pressuposto que desenho, construção e uso são etapas indissociáveis do processo projetual, conectadas de forma não linear e dinâmica. Proposta e ministrada pela professora Marcela Brandão, essa disciplina é desenvolvida, desde então, em articulação com o projeto de extensão Artesanias do Comum, a partir de demandas vindas de grupos parceiros da extensão.
No que se refere às metodologias de ensino para o desenvolvimento das propostas arquitetônicas, os alunos devem construir instrumentos de interlocução interativos (maquetes, jogos, mapas e linhas do tempo) a fim de (1) discutir e problematizar demandas junto aos parceiros, (2) mapear recursos materiais e humanos disponíveis, (3) acordar as soluções projetuais. As propostas arquitetônicas desenvolvidas devem ser consistentes em termos técnico-materiais e viáveis no que se refere aos quesitos econômicos. Parte dessas propostas devem ser executadas por meio de atividades práticas desenvolvidas nos laboratórios da Escola e/ou por meio de mutirões com os parceiros.
Em 2021/2, o parceiro do PFLEX Arquitetura desobediente foi a ASBAFE (Associação do bairro Jardim Felicidade), cuja sede precisava ser reconfigurada para atender uma nova demanda do bairro: a criação de uma creche comunitária, o que demandou ao grupo de alunos entender todo o funcionamento na sede, seja no seu cotidiano ou nos dias de festas e comemorações.
desenvolvimento
No caso do uso corriqueiro, a sede era utilizadas por jovens (oficinas e aulas de reforço) e por adultos (oficinas e espaço de discussão sobre assuntos gerais do bairro e também assuntos específicos; e em relação às festas, ali se comemorava datas especiais (natal, dia das mães e dos pais, festas juninas, etc.) como aniversários de moradores do bairro (nesse caso, uma taxa simbólica era cobrada para manutenção).
Além da creche, havia uma demanda para melhorar a cozinha e refeitório, a horta, os vestiários e as quadras esportivas. E para dar conta dos usos já existentes e dos novos, foi preciso que os alunos entendessem os fluxos (de pessoas, de mantimentos e equipamentos, das águas pluviais, etc.) para projetar acessos sem que houvesse conflitos de interesses.
Novamente, o esquema virtual permitiu um contato intenso entre estudantes e participantes da ASBAFE, incrementado por jogos e dinâmicas. Ao final, foram apresentados 3 estudos de reforma para a sede, com diferentes graus de complexidade e, consequentemente, de custos de implantação.